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De playboy para calvo by Luiz
Essa história começa em 2001, quando meu pai adoeceu e minha mãe pegou uma máquina de cortar cabelos emprestada para que ele não ficasse cabeludo, já que não podia ir ao barbeiro (ele já costumava raspar sempre com máquina 4). Um dia, meu irmão resolveu experimentar e pediu minha mãe pra passar máquina 4; não parou mais. Passou a raspar ainda mais curto, com máquina 3 ou 2, duas vezes ao mês, porque não conseguia mais deixar o cabelo crescer.
Não que nenhum dos dois tivesse cabelo feio ou calvície; eles falavam que era gostoso sentir a máquina passando na cabeça, não dava trabalho pra cuidar, além de economizar xampu, que os dois não usavam, lavavam a cabeça com sabonete mesmo. Nisso o Diego passou a imitar meu pai logo depois que passou a raspar, dizia que era mais prático. Enfim, com dois clientes em casa, minha mãe acabou comprando a máquina, e para o Diego, raspar também virou rotina.
Eu? Eu não tive coragem. Apesar dos dois viverem me falando pra raspar, não me animei. Gostava do meu cabelo do jeito que era: não me dava trabalho, era só lavar e deixar secar, de vez em quando passar um pente; sempre foram lisos e escuros, como os do meu pai e do meu irmão costumavam ser antes de raspar. Até que conheci a Júlia.
Como posso dizer, foi tudo muito rápido. Nos conhecemos, ficamos, namoramos, noivamos, casamos. Tudo em apenas 2 anos! Nunca, nunca encontrei ninguém como ela, e sabia que nunca iria encontrar. Ela é o grande amor da minha vida. Por ela sou capaz de qualquer coisa. Desde o primeiro momento, ela elogiou o corte de cabelo do meu pai (máquina 4) e principalmente do meu irmão (sempre máquina 2 ou 3 na cabeça toda). Vivia me pedindo pra experimentar, até que adotei a máquina 4.
A primeira vez que raspei a cabeça foi estranho. Já havia passado a máquina na parte de baixo do cabelo (acredito que todo menino já tenha usado máquina, nem que seja só desse jeito, ‘surfista"), mas nunca na cabeça toda.
Foi em um dia dos namorados. Uma semana antes, tinha perguntado a Júlia o que ela queria de presente. Ela sempre respondia "nada, não preocupa com isso...", mas dessa vez ela respondeu um pouco diferente. "Não quero que você me compre nada, Carlos. Mas queria pedir uma coisa diferente..." "o que?" "posso pedir qualquer coisa?" respondi que ela sabia que não tinha muito dinheiro, mas que já que não era presente, podia pedir. "Queria que você se fantasiasse pra mim. Uma noite com você de militar... O que você acha?" não pude evitar... Cai na risada. "É sério? Só isso?" "é, mais tem de ser com direito a tudo: uniforme, bota, e você tem que cortar seu cabelo curto. Se não, não tem graça". Falei que tudo bem, só daquela vez, mas que ela não abusasse muito. "Tá, do tamanho do seu pai tá bom?" meu pai usava máquina 4. "Júlia, meu pai corta o cabelo raspado. Você sabe que eu nunca raspei a cabeça." "mas eu sempre quis te ver assim... É só uma noite. Depois você deixa crescer. E você pode me pedir pra me fantasiar também. Do que você quiser." não pude resistir.
No dia 12, ela me emprestou um uniforme que era do pai dela (ele tinha sido militar até se aposentar), que vesti no banheiro do estacionamento e fui me encontrar com ela no motel que nós frequentávamos. Combinamos dela levar a máquina da minha mãe para lá. Quando abri a porta do quarto, ela já estava fantasiada (havia pedido uma stripper). "E aí.. Como fiquei?" nossa, o que dizer? Balbuciei um "ótima...". Logo vi a máquina, já ligada, em cima da cômoda. "Agora só falta meu soldado másculo ser tosado por mim..."
Meio nervoso, me sentei na cadeira. Ela ligou a máquina, e começou da minha nuca. Nossa, há quanto tempo não sentia aquilo. Havia anos que meu cabelo não via máquina. Usava-o sempre mais curto, uns 3 cm embaixo e 4 em cima, mas sempre cortado com tesoura. Aquilo me fez relembrar meus tempos de corte de criança, com aquela franja enorme na frente.
Mas a diferença é que a Júlia não parou pela nuca, e subiu até meu redemoinho, no alto da cabeça. Dali para frente, nunca tinha feito nada igual. Cortando dos lados, comecei a ver o resultado. Nem o cabelo da minha nuca se comparava a aquilo! Era muito curto. Talvez 1,5, 1 cm. Me lembrei de como meu pai ficava depois de cortar o cabelo, e das primeiras vezes do Diego (ele começou na # 4). Idêntico.
E a hora tinha chegado. Sem mais demora, a máquina caminhou para minha testa, e de lá direto na minha franja. Já era. Como pude deixar a Júlia fazer aquilo? A sensação da máquina no topo da cabeça era diferente, mais intensa. Pude ver a minha pele iluminada pela luz do quarto. Era muito curto. Me lembrei de jogadores de futebol, e dos militares. Me lembrei também do poodle da vizinha, quando ela o tosava... Era estranho ficar ali parado, sentindo a vibração da máquina dando voltas pela minha cabeça, com aquele zumbido no ouvido...
Depois de passar a máquina umas duas vezes na minha cabeça, a Júlia pareceu finalmente satisfeita. Com as próprias mãos, espanou os toquinhos de cabelo que tinham sobrado. Não parecia ser eu refletido naquele espelho. Era uma pessoa mais velha, mais madura. Um homem militar, de talvez uns 30 anos. Não eu, Carlos.
Ela pegou minha mão então e me fez tocar no meu cabelo. Me assustei com a aspereza. O cabelo parecia mais grosso. Júlia me fez rodear toda a cabeça com as mãos, e pude sentir minha pele por baixo dos toquinhos. Era como passar a mão num carpete. Confesso que é uma sensação muito intensa. "Vem, meu soldado carequinha... Vem comigo."
Nunca passamos uma noite tão gostosa.
Quando cheguei em casa, minha mãe não acreditou. Teve de me dar um cafuné, assim como meu pai e meu irmão. Esses dois não paravam de falar que agora sim, tinha virado homem; que tinha ficado muito melhor. Minha mãe me disse que tinha ficado muito bom, mas que era pra eu maneirar, continuar cuidando do cabelo, se não, não tinha volta, como o Diego, que agora só podia cortar com máquina, bem curto. Eu disse pra ela que era só pra experimentar, um presente pra Júlia.
No trabalho, mais elogios. Meu chefe me disse que eu tinha ficado com um ar mais sério, que isso me dava uma aparência mais madura. A família dela também gostou, principalmente o pai, que era ex-militar e bem calvo. "Isso mesmo, rapaz, homem tem de ser de cabelo curto. Homem não precisa ter cabelo, não é, Rosa?" Rosa é a mãe da Júlia, que deu uma risada, concordando. "É dos carecas que eu gosto", disse a Júlia, me beijando. Ela foi realmente a que mais gostou. Não parava de me dar cafuné, dizia que era gostoso sentir a pele por baixo do cabelo curto, que eu não precisava de cabelo pra ser bonito.
Quando aquele primeiro corte completou duas semanas, ela comentou que meu cabelo tava meio esquisito. Eu tinha notado também. Não sei, mas o aspecto do cabelo crescendo dava uma impressão de bagunça, sem corte... Comecei a me incomodar. No trabalho, uma secretária me perguntou se não iria raspar mais. Falei que não tinha certeza. Mas quando cheguei em casa á noite, não pude evitar de pegar a máquina e, dessa vez, eu mesmo cortei com a máquina 4. Minha mãe no outro dia se surpreendeu um pouco, mas disse que eu tinha cortado direitinho. Quando a Júlia viu, não acreditou. "Precisamos nos ver hoje de novo. No motel. Quero esse soldado pra sempre..."
O resultado é que fui me acostumando a raspar com máquina. O que antes era estranho, virou aos poucos rotina: a cada duas semanas, raspar a cabeça.
Pouco depois que fomos morar juntos, dois meses antes de casar, ela me chamou uma noite e me mostrou que tinha comprado uma máquina especialmente pra gente usar em mim. Me pediu pra passar um tamanho menor, meu cabelo sempre crescia muito rápido mesmo... Deixei. Naquela noite, ela passou a 2. Ela adorou o resultado. Quando me vi no espelho, notei que minha pele aparecia muito, de tão curto. Brincando, me chamou de "carequinha" dela, nos beijamos e fomos direto para o quarto.
Dali por diante, perdi o controle. Na hora do banho, foi estranho a primeira vez que, sem nem notar, fui ensaboar o rosto e passei para a cabeça. Não havia mais motivo pra usar xampu, ou condicionador. Quando fui me secar, passei a toalha uma única vez e minha cabeça já estava seca. Era estranho quase não ter cabelo. Peguei o pente. Quando fui usá-lo, apenas sorri e o joguei no lixo, assim como os xampus e os cremes. Agora, não tinha mais volta. Sabia que iria raspar o cabelo pro resto da minha vida.
Durante nossa lua de mel na praia, ela, que vinha usando sempre a máquina 2, me pediu pra passar a zero. Dessa vez resisti um pouco. Ficar careca, literalmente, não estava nos meus planos. Ela me falou que tava pesquisando na internet e viu que depois de duas semanas, a aparência seria da máquina 2, e que, como eu tava de férias, ninguém ia notar no trabalho. "Por favor, Carlos! É uma oportunidade única pra eu realizar meu sonho de te ver careca! Você podia até pegar um bronzeado na careca amanhã, na praia... Já pensou? Você com a careca brilhando no sol?" Não sei, mais do que todas as justificativas, aquele jeitinho dela me pedir era demais pra mim. Acabei deixando.
Quando ela foi cortar, reparei que ela não começou pelo pescoço, como sempre fazia, mas sim pela frente da minha cabeça. Ela foi raspando o topo da minha cabeça devagar, com todo cuidado. Quando ela tinha terminado só o topo, desligou a máquina.
Achei aquilo estranho. Ela ficou de frente pra mim e deu uma risada. Perguntei o que era. Ela disse que eu ficava muito sexy daquele jeito, parecendo que eu estava careca de verdade; eu, já rindo, lembrei do pai dela, que não tinha nada de cabelo na cabeça, só nas "bordas". "Fiquei parecendo seu pai?" "nossa, não é que ficou?" depois de rirmos um pouquinho, ela quis tirar uma foto minha assim, e depois acabou de raspar o resto.
Na outra noite, fiquei surpreso quando cheguei a noite e encontrei, no nosso quarto, uma cadeira em frente a penteadeira, onde eu podia ver duas lâminas de barbear, um tubo de creme de barbear, um potinho com água, uma toalha, e um vidro de óleo de amêndoas. Quando ela me viu, deu um sorriso e perguntou o que eu acharia se ela me pedisse pra ficar mais careca ainda. Eu ri, afinal já estava careca... Mas aí eu entendi. "Raspar a cabeça com lâmina de barbear? Ah, Paula, isso é demais..." "Nossa, amor, hoje quando você tava na praia, meio suado, fiquei imaginando você com a cabeça lisinha, brilhando no sol... ah, deixa, só pra experimentar! É a única coisa que a gente ainda não fez no seu cabelo." Desanimei um pouco, afinal pensei que a máquina zero era o mais curto que eu iria chegar...
Não sei. Só me lembro de sentar na cadeira, ela fazendo espuma num potinho, e, com um sorriso, passá-la por toda minha cabeça. Depois a lâmina... Que esquisito... Era como a sensação de se barbear, mas dava pra sentir ainda mais o contato da lâmina na minha pele. Ela começou da nuca, e foi subindo. Depois, os lados. Me lembrei da noite do motel... Parecia que tinha sido ontem que tinha raspado meu cabelo pela primeira vez. E hoje, eu tinha deixado minha mulher passar até a lâmina de barbear na minha cabeça. Como iria ficar realmente careca? Faria muita diferença do meu cabelo sempre tão curto?
Depois de raspar toda minha cabeça no sentido que meu cabelo crescia, a Júlia espalhou mais espuma e, com a lâmina de barbear na minha testa, atacou de frente o topo da minha cabeça. Dava pra sentir que o cabelo ali não era fácil de raspar, ainda mais contra o crescimento, pois eu sempre tive muito cabelo. Mas a Júlia continuou raspando, e passava os dedos em cada lugar pra não deixar nada pra trás. Comentei que ela era muito boa com a lâmina de barbear. Ela sorriu, e disse que sempre raspava a perna, e que raspar minha cabeça era quase a mesma coisa, só que muito mais gostoso.
No espelho pude ver outro eu surgindo, a cabeça brilhando, sem um sinal de cabelo. Nada de toquinhos, ou mesmo sombra. Só a pele, lisa, brilhante e bronzeada da praia. Uma careca perfeita. Júlia molhou as mãos e passou na minha cabeça, tirando o excesso de espuma, e procurando por algum lugar não raspado. Mas não havia nenhum. Pude sentir as mãos dela deslizarem sem impedimentos na pele lisa da minha cabeça. Agora estava completamente careca.
Depois de me enxugar com a toalha, ela derramou um pouco de óleo na mão e espalhou por toda minha cabeça. O óleo acentuava mais ainda minha careca, dava o aspecto de que eu não tinha cabelo, como se eu fosse calvo. Ela massageou até que minha careca refletisse a luz do quarto como um espelho.
Não pude me reconhecer. Repetindo a cena do motel, a Júlia pegou minhas mãos e levou a minha cabeça. Não pude negar: era uma sensação incrível. Deus, estava careca... Quase como de verdade. E foi assim que ela me chamou, quando fomos pra cama: "meu careca".
Nossa, o que posso dizer? Foi incrível. Se por um lado eu satisfazia os desejos dela, ela satisfazia ainda melhor os meus. O que importava meu cabelo? Não me fazia diferença tê-los ou não. Na verdade, já tinha me acostumado a não tê-los mesmo... Ela me queria assim, e eu não queria mais ninguém a não ser ela.
Combinamos que não poderia ficar careca de vez, para que eu não voltasse pro trabalho muito mudado e o pessoal fosse se acostumando aos poucos, enquanto nós iríamos aos poucos diminuindo o tamanho do pente. E assim fizemos. Depois de uns dois meses, ela voltou a me raspar na lâmina de barbear. E assim fazíamos mais ou menos toda semana.
Depois de umas duas raspadas, ela fez de novo a cena da calvície simulada, mas dessa vez com a lâmina de barbear. Ela ficou passando a mão na minha cabeça, metade careca metade não, e senti que isso excitava ela. Não pude aguentar e fomos pra cama. Durante a transa, ela não parava de me chamar de "meu careca". Depois, quando já estávamos de volta a cadeira, ela se preparando pra raspar "as bordas" da cabeça, ela me perguntou se eu gostaria de ser careca. Respondi que já era, afinal tinha o cabelo sempre curto. "Não Carlos. Careca de verdade." olhei pra ela. "Que nem meu pai." Eu disse que não estava entendendo. "Você sabe o quanto acho atraente homens com cabelo curto, mas de um tempo pra cá notei que não posso deixar de reparar na careca dos calvos quando vejo um. Isso me atrai muito. É claro que eu nem penso em te trair, porque você é o único homem da minha vida, não é isso, mas eu precisava te falar isso. Não gosto de esconder nada de você." Me senti um pouco estranho. Não pude dar uma resposta rápida. Depois, perguntei: "Júlia, o que você quer que eu faça? Sei que você se sente atraída por homens calvos, já notei isso quando você raspava só o topo da minha cabeça e ficava passando a mão. Sinceramente, não importaria de ser calvo, aceitaria numa boa, mas você já deve ter percebido que não tenho sinal nenhum de perda de cabelo. Meu pai não é careca, nem meu avô. Não dá pra virar careca de um dia pro outro."
Enquanto eu falava, ela ficou sorrindo. Tive de perguntar por que. "Não, é que eu já tinha pensado nisso tudo. Sabia que você ia falar isso".
Então, ela foi na cômoda, abriu a gaveta de calcinhas (ela sabia que nunca mexia ali), tirou bem do fundo um envelope, onde pegou um papel e me entregou. Nele tinha uns desenhos da cabeça de um homem, mostrando vários estágios de calvície diferentes. Só mais tarde fiquei sabendo que era a escala Norwood. "Mas e daí, Júlia? Estes estágios são pra quem tem calvície de verdade, o que ele vai adiantar pra mim?"
"Carlos, eu descobri um jeito de fazer você ficar careca, de verdade. Não se assuste, mas minha ideia é depilar seu cabelo aos poucos, seguindo os passos da tabela. Toda semana a gente iria tirar um pouco. Fiz um percurso, a gente começaria do 2, depois 3, 3v, 4, 5v, 6 até o 7. Pra ninguém achar estranho, a gente podia evoluir pra cada etapa a cada 6 meses. Isso daria uns 4 anos pra mudança, você tá com 27, quer dizer que lá para os 31 a gente terminaria."
Não podia acreditar! Ela tava ali parada, falando em depilar meu cabelo pra eu ficar careca em 4 anos, DEPILAR, arrancar meus cabelos pra eu ficar "careca de verdade", como se isso fosse... Normal!
"Você tá falando sério?" ela fez uma carinha que eu já conhecia. Sim, era sério.
"Mas isso deve doer pra caramba... Júlia, eu não sei se quero ficar careca de verdade, sei lá, sempre tive muito cabelo, nunca tive um sinal de queda... E o que minha família iria falar?"
"Carlos, ninguém vai precisar saber que é de propósito! Para os homens, ficar careca é uma coisa natural... E sua família tem careca sim, olha o pai da sua mãe, ele era careca. A gente faz de um jeito que seja aos poucos."
Eu tava até meio zonzo. Parece que ela percebeu minha descrença, e se saiu com essa: "Vamos só tentar... Se você não gostar, a gente para." "Mas não vai ter volta! Você mesmo falou que é permanente. Não dá só pra tentar. É uma decisão complicada." "Não, no início é reversível. Eu pesquisei isso nos sites. Só depois de umas 3 depilações é que os folículos começam a morrer mesmo."
Abaixei a cabeça. Por aquela mulher tinha raspado meu cabelo, tinha aceitado ser careca com lâmina de barbear... Não tinha certeza se aceitaria bem a novidade de aos poucos ter a cabeça depilada, de virar um calvo permanentemente.
Mas foi aí que ela sentou do meu lado, acariciou minha nuca, e foi subindo até o topo da minha cabeça. Deus, eu podia sentir aqueles dedos na minha pele, na minha cabeça metade cabeluda, metade lisa... Eu sabia que a amava mais que tudo, mais que meu cabelo.
"Tenta. Por mim. Por nós. Eu não me casei com seu cabelo. Eu já te amo sem ele. E eu te amo de todo jeito. Não digo que vou te amar mais careca, mas vou adorar ver meu homem ir aos poucos ficando mais homem. Mais viril."
Ela puxou meu queixo. Quando vi seus olhos só pude dizer: "vamos tentar."
Marcamos a primeira sessão pra depois de uma semana, quando meu cabelo já tivesse crescido um pouco e desse pra depilar alguma coisa. Quando finalmente chegou o outro sábado, ela disse que faríamos antes de dormir, pra se caso o lugar inchasse um pouco isso sumisse depois de uma noite. Quando faltava mais ou menos uma hora, me deu um analgésico, "pra ajudar com a dor", e um chá pra acalmar e me fazer ficar mais sonolento.
Quando entrei no quarto, vi que ela tinha comprado um depilador, desses pequenos, uma caixinha de giz branco, e vi que por perto estava o material que a gente usava quando ela passava a lâmina de barbear em mim.
"É pra caso alguma coisa der errado, aí a gente raspa tudo pra esconder."
Ela me indicou a cadeira de sempre. Me sentei.
"Vou por uma compressa gelada antes, pra anestesiar o lugar. Hoje vamos fazer só a linha de frente do seu cabelo."
Ela pôs uma dessas compressas geladas mais ou menos na minha testa, e marcou uns dez minutos. Enquanto isso, foi me explicando como ela iria fazer:
"O giz é para marcar até onde vou depilar hoje. Vou começar em cima da sua testa, e depois chegar até as entradas. É geralmente nelas que os homens perdem o cabelo primeiro."
Interessante, tantos homens que entravam em depressão por perder os cabelos, e eu ali, prestes a forçar a calvície a entrar na minha vida... Comecei a me imaginar calvo. E se me arrependesse? Teria realmente volta?
Ela retirou a compressa, e ligou o depilador. O barulho era parecido com o da máquina. Já em posição, ela fez o primeiro contato com meu cabelo.
Quase xinguei um palavrão. Meu primeiro instinto foi abaixar a cabeça, mas lembrei que isso poderia significar um estrago no topo, que estava próximo do depilador. Mordi a língua. A Júlia pareceu um pouco preocupada. Desligou o depilador.
"Doeu muito?" Tive vontade de xingar de novo. "Claro, você tá arrancando meu cabelo." Ela deu uma olhada pra mim. "Pois é, é isso o que faço na virilha toda semana..." Era verdade. Se ela aguentava, por que eu não aguentaria? "Quer desistir?" "Não, pode ir". O que estava dizendo?
Depois, foi até rápido. Ela não queria tirar muito, mas um pouco toda semana.
E assim fomos fazendo, sempre aos sábados. Notei que as áreas que ela ia depilando, o cabelo ia ficando cada vez mais fino. Era bem mais fácil depilá-los que os outros. Depois de uns dois meses é que o resultado começou a aparecer pra mim, quando me comparei com uma foto anterior. Mas ainda era bem pouco.
Só depois de uns cinco meses é que ouvi o primeiro comentário de outra pessoa. E foi da minha mãe. "Carlos, você está com umas entradas maiores... Engraçado. Você já notou?" "É, a Júlia outro dia comentou que se continuar assim, vou perder meu cabelo rapidinho." Engraçado, você ter tendência de ser careca... Da família é só o papai, que me lembro. Porque você não vai num dermatologista?" Fiquei até sem jeito. "Ah, já comentei com a Júlia, e ela acha bobagem... Afinal de contas, eu vivo raspando a cabeça mesmo. Já é normal pra mim ser careca." "Se você quiser, eu marco pra você" ‘Não, mãe, obrigado. Já decidi. Não quero ficar gastando tempo e dinheiro com remédios, tratamento, essas coisas... São tantos os homens por aí que ficam calvos! Sou só mais um." Meu pai também caçoou: "Pára, Laura, isso não é doença pra ir em médico. É só a idade." E o Diego arrematou: "vamos ter um idoso na família em breve... Só falta o cabelo branco!" Juro, nunca pensei que ouviria essas coisas de ninguém na minha vida.
Depois da minha mãe, a secretária do serviço também comentou: "você tá ficando careca, heim, Carlos?". Depois foi o pai da Júlia. "Xi, e essas entradas, rapaz? Tá com inveja de mim?" Comentei com a Júlia. "Bem, a gente sabia que as pessoas iam notar, não é mesmo? Quando um homem começa a ficar careca, sempre acontecem esses comentários mesmos, é normal... Me lembro do papai, foi assim com ele também. Mas é claro que a gente pode parar se você quiser... A gente teria que manter esse estágio atual, manter a sua testa um pouco alta como está, pra ninguém estranhar se o seu cabelo começar a crescer de novo... Mas de todo jeito, é uma decisão só sua, afinal é você que está ficando careca..." Por um momento, fiquei tentado a jogar tudo para o alto. Onde aquilo ia parar? Mas uma coisa que ela me disse não me deixou escolha. "Não, Júlia, não é o MEU cabelo. É SEU. Quando nos casamos, nós passamos a ser um só. O que é meu é seu. E se é isso que você quer, é assim que vai ser." Ela sorriu e me deu um beijo. "Você não imagina o quanto tô gostando disso. Você tá ficando um lindo carequinha."
Fui notando que aos poucos os cabelos da frente da minha testa não estavam crescendo mais. Foi mais ou menos depois dos primeiros nove meses, quando já estava quase no desenho 3 da tabela da Júlia. Sabia que dali pra frente, ao menos a linha da frente do meu cabelo nunca mais seria a mesma. Estava sentindo na pele o que tinha visto muitos homens sofrerem... Passava a mão onde antes eu tinha cabelo. Nada. Só pele, como se ali nunca tivesse crescido nada. O efeito era tão natural... Como íamos devagar, a pele tinha tempo de se bronzear, e ficava igual à pele do meu rosto. Nenhuma diferença. Estava ficando calvo de verdade.
Depois do primeiro ano, logo depois da depilação dos sábados, ela passou a raspar minha cabeça com a máquina zero e passava de leve o depilador no topo da minha cabeça, perto do redemoinho. Isso arrancava poucos cabelos. Perguntei o porquê daquilo. "É que assim dá pra simular melhor as etapas da perda natural de cabelo, já que eles vão rareando aos poucos até não crescerem mais." E dava resultado. Aos poucos, quando ia tomar banho, fui notando que a zona do redemoinho atrás já estava ficando aos poucos calva, formando a "auréola de padre" da figura 3V da tabela, o próximo passo que a gente ia chegar.
Aos poucos, as pessoas pararam de comentar. Já não era novidade que estava perdendo meu cabelo. Eu mesmo já me via como um calvo. Fui me acostumando com as entradas, e com a "auréola de padre", que agora eu podia sentir mais claramente; já estava quase ficando lisa. Fui me acostumando também com os apelidos: "carequinha", "aeroporto de mosquito"... Quando alguém perguntava quem era o Carlos, logo diziam : "o careca ali na frente.." Comecei a me identificar com os outros homens carecas. Me pegava dizendo: "fulano, que é careca também...", "usar shampoo? Eu sou careca mesmo!". Quando via um já no grau 7, me imaginava na pele dele. Como seria ser daquele jeito? Dali a uns dois anos eu iria descobrir.
Quando atingi o nº 3V, a Júlia quis conversar comigo. Ela queria que, aos poucos, eu fosse mudando meu estilo para o de um homem mais velho, o que combinaria melhor com minha calvície. Tive de concordar, não dava pra ficar calvo do jeito que estava vestindo as mesmas camisetas de quando era um "jovem". Agora era um homem. Falei que a partir daquele dia ela tinha carta branca para comprar tudo o que eu fosse usar.
Ela começou comprando um par de chinelos Havaianas, o modelo mais antigo, aquele de tira azul com fundo branco. Lembrei que o pai dela só usava daquele, assim como muitos caras mais velhos que conhecia. Ela disse que queria que eu tivesse um ar mais antiquado, de homem mais velho, e que não tinha nenhum chinelo mais tradicional do que aquele modelo de Havaianas. Quando experimentei, notei que eram bem diferentes dos modelos que usava, mais leves, rústicas, um chinelo bem simples mesmo. Ela adorou. Disse que eu ficava bem másculo, e que agora eu só ia usar Havaianas, e daquele modelo, só que ela ia comprar um preto pra eu poder variar no dia a dia. Eu achei um pouco desconfortável no início, sentia como se estive caminhando descalço. Quando saia na rua, me sentia meio inseguro, ficava pensando no que as pessoas iam falar... Quando o primeiro par estava acabando, a lojista até me ofereceu outros modelos que estavam na loja, "mais modernos, mais bonitos... Vão te deixar mais jovem!" Mas lembrei da Júlia, e acabei comprando um par igual. Aos poucos, acabei me acostumando.
Ela também foi substituindo meus jeans por calças de tecido, e minhas camisetas por camisas de abotoar. Meus tênis ela trocou por sapatos, minhas meias de algodão por modelos de nylon. Passamos a ir mais à praia, pois ela queria me ver sempre bronzeado. Toda semana, no domingo, fazíamos churrasco para que eu engordasse um pouco, pois ela queria que eu criasse uma barriguinha de chope igual a do meu tio. "Todo macho que é macho bebe cerveja, então todo macho de verdade tem que ter aquela barriga que a cerveja dá!" Ela me pediu também para adotar um cavanhaque. "Acho bem másculo..." Eu também já tinha pensado naquilo. Uma careca lustrosa pedia um cavanhaque, como se fosse um kit de 100% macho. Deixei o cavanhaque crescer.
Um dia, num dos nossos churrascos, o tio "barrigudinho" dela resolveu aparecer. Ele era o irmão mais novo do pai da Júlia, e também já estava bem calvo. "E você, heim Carlos? Nem parece o mesmo... Te conheci todo playboy, cabelinho jogado, e agora já tá quase tão careca que eu! Ficando velho, heim?" Dei um sorriso sem graça e passei a mão nas partes já calvas da minha cabeça. "Pois é, seu Marcos, as pessoas mudam..." "Olha, não me chame de "seu" porque não sou tão mais velho que você! Ao menos pela aparência da careca poderíamos ser da mesma idade! Pode falar Marcão, que é como todos me chamam." Tive de concordar. O tio da Júlia não era muito mais careca que eu: devia estar no grau 5V, o mesmo que eu iria atingir dali há mais ou menos um ano. A diferença é que ele já devia estar com seus 40 anos, e eu, ainda nem tinha 30. Mas no ritmo em que a Júlia tinha planejado minha calvície, eu não duvidava que acabaria ficando completamente calvo muito antes dele, e pelos planos dela, com uma careca ainda maior.
Durante o churrasco, de vez em quando o Marcão brincava com minha careca, mas no ponto em que já estava já tinha me acostumado com essas brincadeiras. A Júlia também me ajudava, e sempre que podia me dava apoio. "Pois eu adoro um careca. Acho que se o Carlos não tivesse começado a ficar, eu mesma teria dado um jeito de arrancar cada fio de cabelo de cabelo da cabeça dele, né, amor?" Não pude resistir e dei uma boa risada. "É verdade. A Júlia não sossegou enquanto não conseguiu me convencer a raspar o cabelo." "Ah, meu rapaz, mas seu destino já estava traçado: mais cedo ou mais tarde você ia ter de raspar aquela franjinha que você usava, porque de qualquer modo ela ia deixar de existir, não é mesmo?"
E assim fui fazendo. No espelho, me sentia mais velho. Nas fotos, não me reconhecia. Haviam se passado só dois anos, mas para minha idade pareciam ser dez. Quando alguém me perguntava quantos anos tinha, ninguém acreditava que estava nos 29. "Nossa, mas você tá ficando careca cedo demais. Pensei que você tinha uns quarenta, ou mais... É de família?" Sempre respondia que devia ter herdado do meu avô.
A Júlia ficava toda vaidosa. Quando já estava quase na 5V, ela disse que uma mulher tinha perguntada se eu era tio dela. "Vê só, amor? Eu que sou até dois anos mais velha que você!" Nessas horas me batia insegurança. Disse pra ela que me sentia mal, porque apesar dela dizer que gostava de mim daquele jeito, parecia muito velho pra ser seu marido. A Júlia não tinha um só fio branco na cabeça. Parecia a mesma menina que tinha conhecido 5 anos antes. Ela então me disse, num sussurro: "Você acha que trocaria meu homem por um moleque? Eu te amo. E deixei bem claro pra mulher do salão: "Não, ele é meu marido, e não se engane, porque na cama ele ainda é muito jovem.." Tive de sorrir...
Neste estágio, a Júlia já usava mais o depilador do que a máquina na minha cabeça. Havia mais partes depiladas que cabelo, mas ela sempre passava o depilador mesmo nos lugares onde já não havia crescimento, pra garantir que não sobrava nada, uma careca perfeita. Quando sentia o resultado, era difícil acreditar que há apenas uns 3 anos toda minha cabeça era coberta de cabelo. Sem nenhum sinal de queda. Agora, o pouco que ainda restava estava sendo depilado aos poucos... Já era um calvo. Por opção.
Quando completei 32 anos, comemoramos finalmente a chegada da figura 7, e 5 anos de casamento. Foi um sábado inesquecível. Não saímos: preferimos comemorar em casa. Pela primeira vez a Júlia ia passar o depilador desde a minha testa até meu a área do meu redemoinho, que já estava completamente calva desde a figura 5V. Resolvemos que minha careca seria ainda maior até que a do pai da Júlia, só que com a diferença que eu tinha 20 anos a menos que ele.
Foi tudo muito rápido, afinal a Júlia já tinha trabalhado com meu topo desde a figura 3, logo no início, e o cabelo já estava bem ralo e fácil de depilar. Ela só demorou um pouco nas beiradas, onde nós íamos manter o cabelo, depilando as bordas da careca de leve para fazer um efeito de transição da região calva para as bordas ainda cabeludas. Daí pra frente, ela só teria que manter meu topo sempre liso, e eu estava pronto. Quando ela acabou (confesso que doeu um pouco, já que meu cabelo nas beiradas é bem forte), deu um sorriso lindo e um beijo na minha cabeça. "Você ficou lindo!". Nem pude acreditar que eu tinha conseguido chegar a aquele ponto. Ela mais uma vez foi quem segurou minha mão e me fez sentir toda a minha cabeça. Não posso negar: é uma sensação indescritível passar a mão na cabeça e não sentir um fio de cabelo sequer... Só os toquinhos das beiradas, que a Júlia mantinha sempre raspados.
O visual também é incrível. Se no início não me animou a ideia de ficar calvo, hoje não me passa pela cabeça voltar a ter cabelo. Nem se eu quisesse poderia, reconheço, mas penso que minha masculinidade não estaria completa sem minha careca. É excitante pensar que eu podia ter cabelo como a Júlia, se quisesse, mas que nossa condição como homem/mulher me permite ser calvo, mesmo que por escolha. Esse contraste não seria tão evidente se não tivesse escolhido ficar careca. Já não me sinto inseguro quando saímos, mesmo aparentando ser mais velho: sei que sou o macho dela. Quando ela está na cama, sempre me chama de careca, "meu careca". Isso já vale os anos de dor com a depilação.
Quando vejo alguém da minha idade com fartura de cabelos, penso em quanto mais homem ele poderia ser (e parecer) se fosse careca. Acredito que todo homem deve experimentar, nem que seja só na lâmina de barbear, a experiência incrível de ter a cabeça raspada pela esposa, ou namorada, ou mesmo no barbeiro, ou fazer o serviço por conta própria. Não há o que substitua no homem a cabeça raspada, ou melhor ainda, uma careca lisinha.
Em breve teremos uma filha (a Júlia está grávida de 4 meses). De casal, eu e a Júlia, juntamente com a Juliana (assim ela vai se chamar) passaremos a ser uma família! Agora posso dizer que minha felicidade estará completa. Sei que a Júlia está satisfeita, e isso me faz muito feliz. Quando me olho no espelho, lembro do Carlos antigo como um conhecido: jovem, com cara de garotão, estilo playboy, cabeça cheia de cabelo, liso e penteado... Mas prefiro o reflexo maduro, despojado, de cavanhaque com a careca lisinha (a não ser pelo cabelo das bordas, sempre raspado na máquina 2) que vejo agora todas as manhãs. Gosto de pensar que minha filha já vai me conhecer do jeito que a genética devia ter me feito: careca. Tanta coisa mudou na minha vida em apenas 9 anos... Tanto minha careca e meu casamento, espero que durem para sempre. Agradeço a Deus todas as manhãs por ter posto a Júlia na minha vida.