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4 - Crônicas de um brasileiro ávido by Alcibíades
Faz tempo que eu realmente não escrevo algo sobre mim, não me escondendo por trás das narrativas que crio, ou dos compilados de caras raspando a cabeça que costumo publicar no Tumblr e no ThisVid. Gosto da ideia de demorar e acumular vivência para realmente ter algo para contar.
Boa parte das histórias que eu criei nos últimos meses foram voltadas para calvície intencional, normalmente provocada num contexto em que a pessoa não necessariamente estava passando por queda de cabelo, e isso reflete algo que sempre esteve me seduzindo. Quando criança, eu tive a crença de que raspar a cabeça com uma lâmina iria fazer com que o cabelo nunca mais crescesse novamente. Essa ideia nasceu no dia em que, partindo de um ímpeto de curiosidade, peguei o barbeador do meu pai e passei por cima do meu cabelo, fazendo um buraco pequenininho, quase imperceptível, se não fosse pelos olhos de águia da minha mãe. Fui posto em tribunal no sofá, e ela me questionou o porquê que eu fiz isso. Nunca soube explicar o porquê, eu apenas quis. Não fiquei de castigo, mas tive que prometer que iria deixar nas mãos de um adulto o trabalho de cortar o meu cabelo.
Depois desse episódio, o cabelo não cresceu de forma regular na região que eu passei a lâmina. Minha memória é bastante falha quanto a isso, porque eu não sei se aquela falha já estava lá antes, ou se ela foi decorrente da minha traquinagem com o barbeador, o que importa é que eu passei a acreditar que os fios não voltaram a crescer naquela região por conta do que eu fiz. Então, a signifiquei como uma cicatriz de algo que eu não poderia ultrapassar, algo que eu convivi por anos. Sempre que cortava o cabelo em uma barbearia, tinha que avisar ao barbeiro para ter cuidado com a falha. Quando deixei crescer, visitei a falha várias vezes ao levantar o cabelo da testa. Quando decidi ser careca, a sombra do meu couro cabeludo a decalcava perfeitamente, pronta para vir à tona. E, quando finalmente decidi ir para além de ser careca e ser calvo, arranquei os cabelos ao redor dessa falha com um depilador, até que ela desaparecesse completamente.
Diversos fatores me levaram a essa última atitude citada. Desde o final do ano passado, decidi me entregar completamente aos meus desejos e a realmente viver o meu fetiche. Quase que passei o ano de 2024 todo deixando o cabelo crescer, o que me proporcionou conviver com os meus cachos até o mês de novembro, quando finalmente decidi me desfazer deles. Era a oportunidade perfeita: eu estava me transferindo de universidade, logo não seria um choque tão grande se eu de repente raspasse a cabeça em um local novo. Então, tirei as minhas últimas fotos com cabelo, fui ao banheiro, peguei a tesoura e a máquina. Coloquei para tocar a minha playlist, e, com a tesoura em uma mão e uma imensa mecha na outra, tomei o primeiro passo.
O som da tesoura cortando os fios é um tesão, e foi nesse momento que entrei em transe: era como se outra parte de mim, uma que vive adormecida, se não quando me masturbo antes de dormir, emergiu do âmago do meu peito e estava me encarando no espelho, com a frente do cabelo completamente destruída e um sorriso tão malicioso, mas tão gostoso. Eu queria fuder comigo mesmo naquela hora, e foi exatamente isso o que eu fiz. Não precisei tocar no meu pau, ele estava completamente babado, meus olhos, vidrados, e as mãos agitadas enquanto eu cortava meu cabelo em frenesi. Irreprimível, me masturbei e, saciado, voltei a mim. O meu cabelo estava espalhado entre a pia, os meus ombros e o chão do banheiro. Peguei a máquina, acoplei o pente dois e deixei o corte uniforme.
6 milímetros de cabelo na cabeça não era o que eu verdadeiramente desejava: sempre quis e sempre vou querer estar completamente careca; mas eu já estava abrandado, não teria coragem de ir até o fim. Não obstante, aguardei as férias de fim de ano e finalmente raspei tudo. Eu já havia raspado o meu cabelo periodicamente por outras vezes, contudo dessa vez foi diferente. Prometi a mim mesmo que nunca mais teria cabelo de novo, e mantive a palavra desde então: meu cabelo nunca mais passou de míseros milímetros, sempre voltei a raspá-lo na navalha.
Essa ânsia pela ausência de cabelo fez emergir em mim algo que mantive afastado por achar um tanto extremo: forçar a calvície. Apesar de ser mais apropriado por não existir um termo em português próprio para isso, não irei usar o termo MPB (male pattern bald) aqui, pois no português brasileiro essa sigla significa "música popular brasileira", e acho muito cômico porque não consigo dissociar os significados, por isso irei me ater a calvície mesmo.
Agora entendo o porquê que eu era seduzido por lâminas de barbear na infância: sempre admirei homens calvos, e eu queria ser um. Quando me imaginava adulto, pensei que eu seria barbudo e peludo, com o topo da minha cabeça lisinha e as laterais bem baixinhas, que nem o meu avô. Contudo, esse desejo estava fincado profundamente em mim, e tinham outros na superfície mais próximos para serem acessados.
Inicialmente, eu queria ser calvo, mas como uma rota de escape. Quando eu tinha 12, passava o tempo lendo fóruns e comunidades em que caras descreviam as suas rotinas como homens que adotaram o visual careca, sejam calvos ou por opção. Eu queria muito ser calvo, não necessariamente para ser, a calvície seria uma justificativa perfeita para raspar a cabeça livremente sem julgamentos. Agora que tinha abusado dessa liberdade, já que passei a ser careca por opção, notei que esse desejo não foi embora, estava emergindo; e eu não me sentia completo, muito menos satisfeito.
Até poucos meses, eu não tinha sinais definitivos de que estava ficando calvo. Umas entradas surgiram, nada tão alarmante, e o cabelo dificilmente caía ou afinava. Estava usando Minoxidil para aumentar a barba, tanto que agora estou bastante barbudo. Então, suponho que isso possa ter contribuído como efeito colateral. A cada dia que passava, alimentei mais ainda a ideia de ser calvo, até que decidi não esperar mais para ver se um dia eu teria a sorte de ficar careca, dado que eu podia fazer isso comigo mesmo.
Após muito tempo lendo relatos sobre homens que decidiram ser calvos por opção, em especial no Reddit, bolei um plano de ação. Eu me importava (e diria que ainda me importo um tantinho) com o que os outros vão falar e pensar quanto ao meu cabelo, mesmo sabendo que isso é insignificante, uma vez que, ao invés do julgamento alheio, eu devo apenas levar em conta o que eu acho; e acho homens calvos um tesão. De qualquer forma, não consigo escapar de mim, então, posto esse traço da minha personalidade, eu decidi ficar calvo aos poucos. A paciência foi e está sendo a melhor virtude que eu poderia ter nesse processo.
Em fevereiro, comprei em segredo na internet um depilador barato da Philips, escondi até do meu namorado, que inclusive sabe muito bem do meu fetiche. Na mesma tarde que a encomenda chegou, fui ao banheiro, liguei e fiquei ouvindo o som que emitia. Era diferente de uma máquina de cortar cabelo, que costuma ter um vibrar mais grave, o depilador mal vibrava: ele tinha um cabeçote com umas lâminas que giravam, emitindo um som mais fraco, um pouquinho mais agudo, parecia até o barulho de um instrumento cirúrgico.
Logo, descobri que usar um depilador no couro cabeludo dói para um caralho. Porra, que desgraça foi a primeira vez que passei no meu cabelo. O encostei em uma das entradas, no intuito de ir seguindo a linha do meu cabelo, e não aguentei nem um segundo. Doeu muito, e eu tive que engolir aquela dor. Fui passando devagar, principalmente nos fios finos do breve início de entrada que eu tinha. Com a respiração ofegante, fui para o outro lado e fiz o mesmo. Eu diria que a minha aparência mal mudou, nem parecia que eu tinha arrancado os fios pela raiz.
Deixei de canto o impulso de ser calvo por um momento. Entretanto, teve um sábado que eu acordei com um tesão irresistível, e era justamente pelo pensamento de usar aquele depilador novamente. Peguei meu celular, abri o Tumblr, e fui atrás dos blogs que justamente faziam ode aos homens calvos, principalmente os por opção. Logo, finalmente percebi que eu não queria esperar ficar velho para parecer mais velho. Eu tinha vinte e cinco, só deus sabe quando o meu cabelo começaria a cair de verdade, se é que um dia ele iria cair. Prontamente fui ao banheiro, raspei a cabeça o suficiente para que o depilador conseguisse puxar o fio, liguei aquela máquina de tortura e fui fundo.
Fiquei quase uma hora em pé, entre dor e tesão, até que olhei para mim mesmo no espelho e não resisti. Definitivamente, alguém olharia para mim e assumiria que eu estava ficando calvo. Na escala norwood, era definitivamente um 2, quase flertando com o estágio 3, mas não cavei o suficiente, nem conseguiria. Eu estava completamente suado e ofegante, tocando pela primeira vez aquela região peladinha, sem cabelo algum. Com um sorriso diabólico, soltei um "caralho, agora não tem mais volta", e realmente não teve. Mal voltou a crescer cabelo na região a qual usei o depilador, tirando alguns fios tímidos e ralos que passei a arrancar periodicamente.
Contudo, como eu disse anteriormente, fiz tudo isso pensando na reação dos outros, então explicarei o ciclo que criei para mim. Nos primeiros dias após ter arrancado os fios, mantenho a cabeça raspada por um tempo, o suficiente para ninguém estranhar de primeira. Depois de uns 30 a 60 dias, tempo bastante para alguns fios tímidos da área depilada crescerem, eu deixo o cabelo crescer por no mínimo duas semanas, raspo a cabeça e uso o depilador novamente, indo cada vez mais fundo. Se alguém estranhar a minha calvície, digo que deixar o cabelo crescer por um tempo a escondia.
Ultimamente, aprendi que é necessário fazer a calvície soar imperfeita. Usei o método de raspar a cabeça completamente, tirando a parte que eu iria depilar, para depois passar o depilador por cima. Dessa forma, tive um controle maior para esculpir a minha careca, ainda assim, há o risco da linha do cabelo ficar perfeita até demais. Recentemente, uma pessoa chegou para mim e disse "nossa, sua calvície é bem desenhadinha, parece até que você mandou o barbeiro fazer". Tomei como um sinal de que na próxima eu deveria parar de me preocupar em deixar uniforme e dar uma aparência mais falhada.
Recentemente, acho que não faz nem duas semanas, eu fui mais a fundo ainda. Aquela falha em meu cabelo que citei no início do texto sumiu, pois me desfiz completamente de dois centímetros da frente do meu cabelo, aumentando a minha testa. As entradas estão tão profundas que, se eu tirar uma foto de frente com o cabelo crescido, só dá para notar as laterais e uma grande península no meio da minha cabeça. Também iniciei a arrancar os fios da região da coroa da cabeça, e não vejo a hora da calvície chegar a um ponto em que eu não tenha mais cabelo no topo.
Atualmente, a minha família e amigos começaram a comentar sobre a minha careca. No último domingo, minha avó olhou para mim e disse: "Lucas, acho que você puxou à família do seu avô. O pai dele era completamente careca, e acho que você vai ficar também". Outras pessoas também têm questionado o porquê que estou deixando a barba crescer, pois estou a cultivando desde dezembro de 2024, dez meses já. Simplesmente respondo que é porque eu quero, "é por estilo", e logo vem as indagações, pois me faz parecer ser mais velho, mas é exatamente isso o que eu quero.
Estou no caminho para me tornar o homem que desejei ser, e estou profundamente satisfeito com tudo, principalmente com a minha aparência. Por vezes, vem o pensamento de "por que é que eu não fiz isso antes?", todavia entendo que se eu não tivesse sido relutante, se eu não cultivasse esse desejo dentro de mim, jamais teria me jogado de cabeça no meu fetiche.
Talvez o que você sente seja diferente, ou nem tão extremo. Talvez você não necessariamente queira ser calvo, só goste de uns cortes bem curtos, ou raspados. O que te dá tesão pode ser o ato de raspar, a transformação de ver o cabelo caindo, ser forçado a raspar a cabeça, ou até cultivar um longo moicano. Talvez você goste de barbas, curtas ou longas, ou talvez você as despreze e anseie por eliminar todos os pelos do corpo. Qualquer que seja o seu fetiche envolvendo cabelos e pelos, se você ainda não se permitiu entregar-se ao próprio desejo fisicamente, o fato de você estar lendo isto quer dizer que você está explorando esse seu lado, e eu gostaria de te aconselhar a aproveitar a jornada e entender o seu tempo.
Nenhum receio ou insegurança supera a satisfação de ser você mesmo. Antigamente, eu achava que o fetiche era um corpo estranho na minha mente, mas agora vejo que ele faz parte da minha sexualidade e eu seria um homem extremamente frustrado se eu não o expressasse de alguma forma.